2.7.06

pé frio

Eu só posso ser uma tremenda pé-frio, só pode ser. Passo a noite escrevendo sobre como estou apaixonada pela Copa, pela primeira vez interessada em ver todos os jogos, entendendo tudo sobre futebol e coisa e tal, e no dia seguinte o Brasil perde vergonhosamente pra França. De novo. Mas a verdade é não dá nem pra ser supersticioso nesse caso, porque o time jogou tão ridiculamente, uma atuação tão pífia, que nada nem ninguém poderia piorar a situação.

Já sendo eu agora mais uma entre os milhões de brasileiros que sabem exatamente o que deveria ter sido feito pra evitar a tragédia, digo sem sombra de dúvida: a culpa é toda do Parreira. Como bem disse o Renato Maurício Prado ontem no Sportv, ele tinha todas as estrelas na mão mas não as transformou em um time. E se os grandes talentos não davam liga juntos, culpa dele que os escalou. E o pior de tudo: um técnico que deixa pra mexer num time que está perdendo aos 35 do segundo tempo, só pode estar brincando.

Pela primeira vez levei a sério mesmo a teoria do Rodrigo de que Copa é sempre armada, um jogo de poder mais do que uma competição esportiva. Pensem bem: o Parreira desanimado, sentando no banco sem gritar nada, olhando pro relógio como quem pensa "quanto tempo falta pra essa coisa acabar?"; o time apático, como se já soubesse que não ia ganhar, que não podia ganhar; e pra coroar, Roberto Carlos ajeita a meia na hora em que Zidane cobra uma falta perigosa?! Ou é mutreta ou esses caras estão ganhando dinheiro demais pra se preocupar de verdade com o Brasil e com o que o futebol representa pro povo daqui.

Sei lá, tô de discurso amargurado e na verdade nem tô triste assim. Tô mais é espantada com tamanha desfaçatez...

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