17.8.06

petite poupée 7




Na terça-feira participei com meus poemas de um evento novo chamado Feridas Expostas, no Espírito das Artes, na Cobal do Humaitá. Organizado pela Miila Derzett, com apoio da Cavídeo, o evento reuniu alguns artistas muito legais, cada um de uma área, numa noite surpreendente e deliciosa. Teve meus poemas, teve "Rindo à toa", uma esquete super bacana escrita e dirigida pela Miila e encenada pela Taciana Barros, teve Fernanda Rowlands e Donatinho no Projeto Sala, teve um curta da Rosane Svartman, e teve a arte visual de Petite Poupée 7, a Dani.

Eu adorei a noite toda, tão raro um evento multimídia em que tudo é bacana! Mas confesso que foram os quadros da Dani que me fizeram, já pronta pra dormir, de luz apagada e tudo, ter sido acordada por esse texto aí embaixo, minhas impressões poéticas sobre o trabalho poético dela. Ela pinta em telas e pinta na rua, e vai do grande ao pequeno com a mesma desenvoltura. Recomendo vivamente: taí uma artista plástica que vale a pena conhecer.


Pequenas bonecas cheias de atitude são as mulheres de Petite Poupée 7. Aos berros de cor nos muros ou sussurrando seus segredos em pequeníssimas telas, elas carregam a fartura do feminino, suas angústias, seu ridículo, sua beleza. Belas como porradas. E doces. Sutis no exagero de suas formas, são violões à última potência.

Tem cor, tem som, tem cheiro e gosto as bonecas de Dani. Exalam seus nomes no anonimato das paredes, e existem por si sós. São muitas e uma, as petites poupées de Petite Poupée 7.

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