20.6.10

Inicio e queixo

Foi ali que tudo comecou, minha vida de dizer poesia, muito antes de começar a escrever os meus próprios poemas. O Pedro Cezar, meu amigo muito querido, estava lá também, como aluno da segunda turma de oficinas de poesia falada que a Elisa Lucinda já dava em várias viagens pelo Brasil, mas nunca tinha dado no Rio. Dali nasceu a Escola Lucinda de Poesia Viva, que nessa época funcionava na casa da Elisa, no Leblon.

Essas duas turmas iniciais viraram um grupo, o Te pego pelo verso, que fazia recitais de poetas que a gente amava. Todo esse momento foi registrado pela camera do Pedro e da Paula Fiúza, e virou esse documentario incrível sobre um momento muito especial da minha vida, onde nasceu a poeta que eu sou hoje. A Elisa fala ali sobre o desejo de formar um mercado de trabalho, e eu me orgulho de hoje, mais de dez anos depois, ter publicado dois livros, dois cds de poesia, e ganhar cachês pra me apresentar dizendo meus versos por aí.

A cereja do bolo é o registro luxuoso do recital de Fernando Pessoa que a gente fez no Consulado de Portugal e que foi palco da incrivel pegada no queixo da qual eu falo no post ali embaixo. Muito obrigada à Paula e ao Pedro pela chance de reviver aquela noite linda. Mas a pegada no queixo vive só na memória, e que delícia, uma lembrança só minha com o Saramago...

PARTE 1





PARTE 2

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