1.7.10

Enquanto não escrevo, leio


Grammar

Maxine, back from a weekend with her boyfriend,
smiles like a big cat and says
that she's a conjugated verb.
She's been doing the direct object
with a second person pronoun named Phil,
and when she walks into the room,
everybody turns:

some kind of light is coming from her head.
Even the geraniums look curious,
and the bees, if they were here, would buzz
suspiciously around her hair, looking
for the door in her corona.
We're all attracted to the perfume
of fermenting joy,

we've all tried to start a fire,
and one day maybe it will blaze up on its own.
In the meantime, she is the one today among us
most able to bear the idea of her own beauty,
and when we see it, we do what is natural:
we take our burned hands
out of our pockets,
and clap.

(do livro "Donkey Gospel", de Tony Hoagland, poeta americano que eu conheci por dica do Mr Luis Bravo, marido da muito querida Mrs Fernanda Rowlands Bravo, na minha recente temporadinha na America de cima. Pirei com o cara, trouxe três livros, e resolvi compartilhar. Aqui embaixo minha mui humilde tradução.)

Gramática

Maxine, na volta de um fim-de-semana com seu namorado,
sorri feito um gato grande e diz
que é um verbo conjugado.
Ela está fazendo o objeto direto
com um pronome da segunda pessoa chamado Phil,
e quando ela entra
todo mundo se vira:

tem uma espécie de luz saindo da sua cabeça.
A os gerânios parecem curiosos,
e as abelhas, se estivessem aqui, zuniriam
de forma suspeita em volta do seu cabelo, procurando
a porta pra sua coroa
Somos todos atraídos pelo perfume
da alegria fermentando,

todos tentamos começar um fogo
e um dia talvez ele queime por si só.
Por hora, ela é hoje aquela de nós
mais capaz de suportar a ideia da sua própria beleza,
e quando a gente a vê, faz o que é natural:
tira nossas mãos queimadas
dos bolsos,
e aplaude.

Nenhum comentário: