15.2.12

FestiPoa Literária 2012: dose tripla





Então em abril vai rolar a 5a edição do meu badalo literário favorito, a deliciosa FestiPoa Literária. O incrível Fernando Ramos reúne em Porto Alegre uma turma de primeira numa mistura sensacional: tem escritor consagrado, tem os novos nomes, tem quadrinista, tem poeta, romancista, gente de várias idades, estilos, linhagens, partes do país e do mundo. Tudo isso fica ainda mais gostoso porque a festa é no tamanho certo pra possibilitar o encontro desses artistas todos com o público, num clima íntimo que é a cara do Fernando, o comandante quase invisível mas absolutamente imprescindível desse navio.


Esse ano já estão confirmados artistas que eu admiro, gente de quem eu já fiquei amiga e outras pessoas que eu vou adorar conhecer: Ramon Mello, Heloísa Buarque de Hollanda, Marcelino Freire, Fabricio Corsaletti, Paulo Scott, Mario Prata, Joca Reiners Terron, entre muitos outros. Vai ser minha terceira participação, e só não é a quarta porque em 2010 eu estava viajando e acabei perdendo. Estreei lá em 2009 lançando o Bendita Palavra, e fiquei completamente entusiasmada com a vida cultural da cidade e o amor dos gaúchos pela literatura. Ali entendi como foi possível a Martha Medeiros ter vivido de escrever durante tantos anos antes de ser conhecida no circuitinho Rio-Sampa: o Rio Grande do Sul lê. Ponto. E pra minha sorte, o que eu escrevo agradou por lá... Voltei ano passado pra apresentar uma prévia do espetáculo que ainda não ficou pronto, e foi por causa da FestiPoa que eu ganhei um bando de leitores gaúchos, conheci escritores que eu adoro, além de fazer amigos que eu carrego pela vida afora desde então.

Dessa vez minha participação vai ser diferente e eu tô muito animada. Vou mediar uma mesa com duas escritoras que eu admiro profundamente e cuja literatura alimentou o nascimento da minha, e segue me instigando até hoje: Marina Colassanti e Martha Medeiros. Os contos de fada da Marina me abriram o mundo da fantasia na vida adulta. Os poemas cotidianos da Martha me autorizaram a ser coloquial. Sentar com elas numa mesa pra conversar sobre poemas e escritos vai ser luxo só, e fico devendo mais essa alegria ao Fernando.

Além disso, vou dar uma oficina chamada Bem Dita Palavra: vão ser três dias de aula, quinze amantes da palavra aprendendo a dizer poemas e eu compartilhando o que eu sei, e no final teremos um recital pra cada um viver o prazer de dizer em alto e bom som o poema que aprendeu. Quando fui assistente da Elisa e depois professora da Escola Lucinda de Poesia Viva descobri que adoro ensinar. Descobri também que levo jeito pra coisa, que tenho uma didática meio esquisita e uma capacidade de me identificar com o outro que deixam muito gostoso o processo. Já estava com água na boca pensando em quem serão os alunos, que poemas eles vão escolher, o que eu vou aprender com eles, quando me dei conta do detalhe maravilhoso: o sotaque! Eu amo línguas e sotaques em geral, mas tenho que dizer que o gaúcho é especial, e vai ser delicioso passar quatro horas por dia ouvindo poesia em "gauchês"...

Pra completar, vou dizer também os meus poemas, em carioquês mesmo, que ir pra POA e não me apresentar não dá, né? Ufa, ansiosa e animada!

A programação completa lá no blog da FestiPoa.

2 comentários:

Iaceê disse...

Ótimo o trabalho desse pessoal que promove cultura! Valeu, boa dica!

Anônimo disse...

OBA!!!